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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Reino Vegetal - Parte III

As plantas vasculares superiores, as fanerógamas (grego: phanerós: aparente; gamos: gametas), apresentam raiz, caule e folhas. A conquista definitiva do meio terrestre advém da presença de ramos do caule com folhas especializadas com produção de esporos e o aparecimento de semente com um embrião resultante da fecundação interna. Representadas pelo Filo Gimnosperma e Filo Angiosperma.

Filo Gimnosperma: (grego: gimnos: nu; sperma: semente) cujo significado semente nua, ou seja, semente sem cobertura. Vivem, principalmente, em zonas temperadas (climas frios) com um número reduzido em climas tropicais. Dado importante, resume na metagênese que é pouco nítida, pois o esporófito é a parte verde do vegetal, complexo e duradouro, enquanto que o gametófito é muito reduzido e dependente do esporófito.
Há produção de flores e sementes, mas não produzem frutos.
Este filo é dividido em quatro divisões:
- Coniferophyta --> coníferas;
- Cycadophyta --> cicadáceas;
- Gnetophyta --> gênero Ephedra;
- Ginkgophyta --> esécie Gingko biloba.

A divisão mais representativa é a Coniferophyta ou coníferas, árvores cuja madeira tem sido utilizada na construção civil, na fabricação de móveis, na produção de papel, resinas e essências aromáticas. A representante típica do Brasil é a Araucaria angustifolia, popularmente chamada de pinheiro-do-paraná.

Ciclo vital:
A planta (esporófito) possui feixe de folhas longas em forma de agulha (aciculadas), destinadas à fotossíntese, e folhas reprodutoras, em cuja superfície se formam as sementes. O esporófito produz os estróbilos, inflorescências ou cones, que são sempre de sexos separados, isto é, as flores reúnem-se em inflorescências masculinas ou em inflorescências femininas (pinhas).
O estróbilo masculino  (inflorescência ou cone masculino) são inseridos na produção de micrósporos, que se transformam em grãos de pólen que, quando maduros, se abrem e libertam os grãos de pólen, transportados pelo vento (anemofilia) que acaba por fecundar o óvulo de outras plantas.
O estróbilo feminino (inflorescência ou cone feminino) estão inseridas as folhas carpelares (férteis, produtoras de óvulos). Este óvulo revestido por uma parede protetora, o integumento, deixa uma abertura chamada micrópila, onde penetram os grãos de pólen. Assim, ocorre a meiose com produção de megásporo que produz o gametófito feminino denominado megaprótalo. Esta estrutura produz arquegônios, rudimentares que transportam oosferas.

Fecundação:
Os grãos de pólen que penetraram a micrópila, germinam na câmara polínica. Desta germinação surge um tubo polínico (gametófito masculino) formando os gametas masculinos. Um destes gametas, funde-se com a oosfera, formando a célula-ovo (zigoto). Com o desenvolvimento do zigoto, forma-se o embrião (esporófito) no interior do óvulo. Este embrião apresenta raiz e caule primordiais e folhas modificadas (cotilédones). O megaprótalo com reservas acumuladas se transforma no endosperma primário com função de nutrir o embrião. Com a fecundação do óvulo surge a semente. Dado importante: independência da água do meio ambiente para a fecundação.

Filo Angiosperma:
As angiospermas (grego: angiós: coberta; sperma: semente) possuem flores típicas com folhas reprodutoras, carpelos, que se fecham e formam um vaso, no qual as sementes se desenvolvem. Após a fecundação, parte do carpelo se transforma em fruto, estrutura desses vegetais. Estão mais adaptadas aos ambientes terrestres, encontradas em vários lugares: locais úmidos até os desérticos. Apresentam-se como ervas, arbustos ou árvores. Algumas espécies de água doce e raríssimas do mar.
Grande maioria são autótrofas fotossintetizantes, mas algumas são parasitas (holoparasitas: grego: holós; total). Não possuem clorofila e não realizam fotossíntese, vivendo da seiva elaborada das plantas hospedeiras. Outras são epífitas, vivendo apoiadas sobre ramos de outros vegetais para obtenção de maior grau de luminosidade.
Quanto a reprodução, apresentam meiose intermediária ou espórica e alternância de gerações pouco nítida.
Dado importante: As angiospermas são as únicas plantas que formam frutos. Gametófitos dióicos, extremamente reduzidos e dependentes do esporófito. Não dependem de água do meio ambiente para a fecundação.

Ciclo vital:
O gametófito feminino é o saco embrionário (megaprótalo) contido no óvulo. Não há formação de arquegônio e possui uma única oosfera.
O gametófito masculino é o tubo polínico (microprótalo), no interior do qual se formam dois núcleos espermáticos (gaméticos), que representam os gametas masculinos.

Dupla fecundação:
- primeiro núcleo espermático do tubo polínico une-se a oosfera formando o zigoto. Este desenvolve-se surgindo o embrião.
- segundo núcleo espermático do tubo polínico une-se aos núcleos polares do saco embrionário formando o zigoto. Este desenvolve-se surgindo o endosperma secundários (albúmen).
O endosperma secundário é um tecido armazenador de reservas nutritivas que tem como função a formação do embrião, que, após desenvolvimento, surge a semente com tegumento ou casca ( formada pela testa e pelo tégumen), estruturas formadas da primina e secundina do óvulo.

Classificação:
As angiospermas apresenta uma divisão: Anthophyta subdivididas em:
- monocotyledoneae (Liliopsida) --> apresentam um cotilédone; ex: trigo, centeio, arroz, milho, etc.
- dicotyledoneae (Magnolopsida) --> apresentam dois cotilédones; ex: feijão, ervilha, soja, amendoim, etc.

Aqui fecha o estudo sobre o reino vegetal.

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