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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Teste de conhecimentos

1) O desenvolvimento de uma vida parasitária foi possível a partir de uma série de especializações surgidas ao longo da evolução, que acabou por levar ao desaparecimento de alguns órgãos e sistemas. Assim, uma espécie parasita altamente adaptada à vida no tubo digestivo de outro animal pode não possuir:

    a) sistema nervoso
    b) sistema digestório
    c) sistema reprodutor
    d) sistema excretor

2) Dugesia tigrina é um verme que possui o corpo achatado dorsoventralmente. Apesar de inferior, ele apresenta uma característica evoluída. Trata-se da(o):

    a) simetria bilateral
    b) ausência de celoma
    c) corpo segmentado
    d) sistema digestório completo

3) (Mackenzie-SP-modificada) Os parasitas humanos Ascaris lumbricoides e Ancylostoma duodenale têm em comum, todas as características abaixo, exceto:

    a) pertencem ao mesmo filo
    b) são de sexos separados
    c) reproduzem-se sexuadamente no intestino humano
    d) são adquiridos pelo homem por penetração cutânea

4) (UNILAVRAS-modificada) Indique a qual filo pertence às características listadas: metameria, cerdas quitinosas, parapódios.

    a) Platyhelminthes
    b) Nematoda
    c) Annellida
    d) Mollusca



GABARITO: 1-b; 2-a; 3-d; 4-c.

Fatos históricos

Na antiguidade, quando era necessário fazer exame de sangue, os médicos traziam consigo, grandes vidros contendo vários vermes denominados sanguessugas para coleta deste sangue.

O fato é que, após coleta sanguínea feita pela sanguessuga, este sangue fixa sem coagular por longo tempo. Como na época, utilizava-se de carruagem, as distâncias eram longas, mas com a ajuda deste verme, era possível fazer o exame de sangue e diagnosticar a anomalia.

Por isso, este verme foi batizado de Hirudo medicinalis, tendo o termo específico medicinalis devido a grande ajuda que trouxe a medicina.

Você sabia?

A fêmea da lombriga (Ascaris lumbricoides) apresenta uma espantosa fertilidade, fazendo uma postura diária de aproximadamente 200 mil ovos.
A fêmea grávida, nesta condição, pode conter cerca de 27 milhões de ovos. Após postura, estes ovos são eliminados junto às fezes tornando infectantes a novos organismos humanos.

Reino Animal - Parte II

Neste breve resumo iremos estudar animais que comumente são chamados de vermes. Como animais, apresentam simetria bilateral, corpo alongado e mole, sem apêndices locomotores, mas por movimentos musculares rastejam. Falarei dos filos: Platyhelminthes, Nematoda e Annelida.

Filo Platyhelminthes: (grego: platys: chato; helminthes: verme). Caracterizam como vermes achatados dorsoventralmente e não segmentado e com cefalização. Existe espécies de vida livre, marinhas e de água doce, mas, evidentemente, a maioria apresenta vida parasitária. Nestes vermes apresentam adaptações especializadas como epiderme com cutícula resistente (ao suco gástrico), ganchos e ventosas (para fixação).
Na região anterior há órgãos sensoriais (cabeça). Tem tubo digestório incompleto (ausência de ânus), sendo que há espécies totalmente sem tubo digestório. Sistema respiratório e circulatório ausentes e, sistema excretor formado por células-flamas (flageladas) que caracteriza o filo. Sistema nervoso com gânglios nervosos (dois cordões nervosos) com algumas espécies possuindo ocelos (sensível à luz) e, quimiorreceptores (sensível a substâncias químicas).

Reprodução: Assexuada (laceração), partindo o corpo em dois pedaços, além da sexuada. Há espécies monóicas e dióicas.

Classificação dos platelmintos:
- Turbellaria -> maioria aquática, de vida livre (poucas terrestres e parasitas). Epiderme provida de cílios, ausência de ventosas, boca geralmente ventral. Ex: Planária.
- Trematoda --> todos parasitas, corpo revestido por cutícula, boca é anterior, presença de ventosas. Ex: Esquistossomo.
- Cestodea --> exclusivamente parasitas, corpo segmentado e provido de ventosas e ganchos fixadores, corpo (estróbilo) é formado por repetidos segmentos ou anéis (proglotes ou proglótides). Na região anterior (escólex) presença de estruturas de fixação (ventosas) e, na Taenia solium, há também uma coroa de ganchos (rostro). Não possuem tubo digestório.

Filo Nematoda: )grego: nematos: fio; eidos: forma) ou nematelmintos. Corpo cilíndrico ou filamentoso, afilado nas duas extremidades, triblásticos (ectoderma, endoderma e mesoderma), pseudocelomados (Falsa cavidade interna), coberto por película muito resistente (cutícula) por secreção da epiderme. Existem espécies de vida livre (no solo e na água), maior número são parasitários de animais e vegetais.

Reprodução: São dióicos (sexos separados), fêmeas maiores do que os machos. Ovos microscópicos, resistentes a condições adversas do meio ambiente. Ex: Ascaris lumbricoides (lombriga).

Filo Annelida: (latim: annellus: anel; grego: eidos: forma). Corpo segmentado formando uma série de anéis ou segmentos semelhantes (metameria), sendo cada segmento (metâmero). Presença de cerdas para apoio ao substrato, por ação muscular. Maioria vive em água doce e salgada e solos úmidos, mas há espécies ectoparasitas, fixados na superfície externa dos hospedeiros.

Classificação dos nematelmintos:
- Polichaetos --> (gergo: polys: muitos; chaeta: cerda). Possuem numerosas cerdas implantadas nos parapódios (expansões laterais da parede do corpo). São unissexuados, marinhos e de vida livre.São onívoros. Ex: Nereis sp.
- Oligochaeta --> (grego: oligo: pouco; chaeta: cerda). Possuem poucas cerdas e não possuem parapódios. Vivem em água doce e em solos úmidos, são monóicos. Ex: Lumbricus terrestris (minhoca).
- Hirudíneos --> (grego: hirudo: sanguessuga). Corpo achatado e desprovido de parapódios e cerdas. Possuem duas ventosas em cada extremidade do corpo, para fixação ao hospedeiro e sucção do sangue. São terrestres e aquáticos, vivem em água doce e salgada. Ex: Hirudo medicinalis (sanguessuga).

Mas um breve resumo do reino animal.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Teste de conhecimentos

1) Assinale a alternativa que, corretamente, indica o trajeto da água numa esponja de organização mais simples.

    a) poro - ósculo - átrio.                  
    b) átrio - ósculo - poro.
    c) poro - átrio - ósculo.
    d) ósculo - átrio - poro.

2) Entre os invertebrados, a existência de pólipos e medusas pode ser observada em:

    a) moluscos.
    b) poríferos.
    c) celenterados.
    d) equinodermos.

3) (Unitau-SP-modificada) Coanócitos são:

    a) células características dos espongiários (poríferos).
    b) células características de celenterados.
    c) células reprodutivas.
    d) o mesmo que cnidoblastos.

4) (FUVEST-SP-modificada) A característica abaixo que não condiz com os poríferos é:

    a) respiração e excreção por difusão direta.
    b) obtenção de alimentos a partir das partículas trazidas pela água, que penetra através dos óstios.
    c) hábitat aquático, vivendo presos ao fundo.
    d) células organizadas em tecidos bem definidos.



GABARITO: 1-c; 2-c; 3-a; 4-d.


Fatos históricos

Há uma grande barreira de Recifes, famosa, sendo considerada, a maior estrutura construída por seres vivos não humanos.
Essa barreira se encontra na Austrália e estende-se por cerca de 2 000 quilômetros e está situada à costa a uma distância que chega até 150 quilômetros.

Você sabia?

Em épocas passadas, para limpeza de ferimentos, utilizava-se as fibras de espongina.
As esponjas de banho era constituída por esqueleto de demospôngias, hoje substituída por material sintético.

Reino Animalia - Parte I

Filo Poriphera --> animais com o corpo cheio de poros (orifícios), aquáticos, predominantemente marinhos. Vivem fixados em rochas, conchas e outras superfícies submersas. Quanto a simetria, são assimétricos ou têm simetria radial.

Organização: simples com o corpo na forma de um saco, com uma abertura principal (ósculo) que interliga a cavidade interna (átrio) ou espongiocele. Há uma parede formada por dupla camada celular, sendo a externa (pinacócitos) achatadas e justapostas e, uma camada interna, que envolve o átrio, formada por células flageladas (coanócitos) providas de colarinho envolvendo o flagelo.
Entre as camadas, a mesogléia, substância gelatinosa com presença de elementos esqueléticos (espículas calcárias e silicosas) ou por uma rede de fibras (espongina).
Há duas células típicas dos poríferos: porócitos (célula tubulosa) constituindo o a ligação entre átrio com o meio externo e, amebócitos (célula amebóide) presente na mesogléia e na constituição dos elementos esqueléticos.

Distinção entre as esponjas --> são três tipos:
- Áscon --> tipo mais simples com a cavidade atrial revestida totalmente por coanócitos;
- Sícon --> tipo intermediário com parede espessa com dois tipos de canais: inalantes e exalantes;
- Lêucon --> tipo mais evoluído, parede ainda mais espessa percorrida por um complexo sistema de canais e câmaras.

As esponjas são conhecidas como animais filtrantes, pois se alimentam de animais microscópicos através do batimento flagelar dos coanócitos.

Classificação das esponjas:
- Esponjas calcárias --> esqueleto formado por espículas calcárias;
- Esponjas-de-vidro --> esqueleto contém fibras silicosas com seis raios;
- Demospôngias --> esqueleto apresenta espículas e fibras de espongina.

Reprodução: assexuada (brotamento ou regeneração de pedaços do corpo) ou sexuada, com formação de larvas móveis (anfiblástula e parenquímula), importantes para a dispersão de um animal fixo que, de outra forma, não poderia colonizar novos ambientes.

Filo Cnidaria --> animais aquáticos, principalmente marinhos. Simetria radial com uma série de tentáculos envolvendo a boca. Apresenta-se de dois tipos: pólipos e medusas.

Organização: Há uma parede que envolve uma cavidade central (cavidade gastrovascular). Essa parede é formada por duas camadas celulares, a externa (ectoderma) e a interna (endoderma), separadas pela mesogléia, gelatinosa.
Na ectoderma temos as cnidas ou cnidoblastos, células típicas e exclusivas desses animais. São células ovóides com uma cápsula onde aparece um filamento enrolado contendo uma substância de caráter tóxico (hipnotoxina). Esta substância e expelida por um cnidocílio, filamento que injeta no animal a toxina, sendo o efeito letal (pequenos animais) e paralisantes (maiores). Na espécie humana provoca a queimadura grave.

O organismo na forma pólipo, tem a forma de um cilindro de base alargada que fixa a um substrato. Em sua extremidade oposta, encontra-se a boca com tentáculos com cnidoblastos. A hidra é um representante.
São representantes também as anêmonas-do-mar, ou flores-do-mar. Pólipos coloridos fixados em rochas. Os corais, colônias de pólipos, secretam um esqueleto externo de carbonato de cálcio (recifes de coral).

O organismo na forma medusa, nadam livremente e são conhecidas por águas-vivas. O corpo lembra uma campânula ou umbela. Na face superior, convexa, é chamada exumbela e, na inferior, côncava, é a subumbela. A superfície externa é recoberta pela ectoderma, e as cavidades internas, pela gastroderma. Entre elas, uma grande quantidade de mesogléia. As caravelas, Physalia pelagica, é uma colônia polimórfica.

Classificação dos cnidários:
- Hidrozoários --> predomina os pólipos. Existem seres isolados ou em colonias. Ex: caravelas;
- Cifozoários --> predomina as medusas. Ex: Aurelia aurita, a água-viva;
- Antozoários --> pólipos evoluídos. Não formam medusas. Ex: Anêmonas e corais.

Reprodução: sexuada; com sexos separadas, fecundação externa e desenvolvimento indireto (larva plânula) ou assexuada, por brotamento ou estrobilização (corpo se divide em várias partes). Na reprodução sexuada alterna-se com a assexuada (alternância de gerações ou metagênese). Assim, os pólipos originam de forma assexuada as medusas, e alternadamente, por reprodução sexuada originam os pólipos.

Aqui encerra-se um resumo bem específico dos poríferos e cnidários (celenterados).

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Teste de conhecimentos

1) (CESGRANRIO) " Do pinheiro nasce a pinha e da pinha nasce o pinhão." As palavras destacadas representam, respectivamente?

    a) gametófito - cone - fruto                                            
    b) gametófito - inflorescência - semente                      
    c) esporófito - inflorescência - fruto
    d) esporófito - estróbilo - semente

2) (FUVEST-SP- modificada) "O nadar dos anterozóides foi substituído, nas gimnospermas, pelo crescer dos tubos polínicos." A frase relaciona-se com:

    a) aparecimento da fecundação cruzada.                      
    b) autofecundação.                                                      
    c) independência de água para a fecundação.
    d) polinização cruzada.

3) (MACKENZIE-SP modificada):

     I - A semente é uma estrutura exclusiva das plantas fanerógamas.
    II - Tecidos condutores de seiva são encontrados em plantas criptógamas.
   III - O óvulo é uma estrutura que se forma no interior do ovário de todas as plantas fanerógamas.

   Dentre as afirmações acima, relativas a certas partes dos vegetais, assinale:

    a) se apenas a I estiver correta.                                
    b) se apenas II e III estiverem corretas.                    
    c) se apenas I e II estiverem corretas.
    d) se todas estiverem corretas.

4) (FUVEST-SP modificada) O endosperma das sementes de angiospermas contém:

    a) material genético de cada genitor em quantidades iguais.
    b) somente material genético materno.
    c) somente material genético paterno.
    d) maior quantidade de material genético paterno.


GABARITO: 1-d; 2-c; 3-c; 4-d.

Fatos históricos

Um exemplar muito procurado durante a época do natal no Canadá, é representante do filo gimnosperma. Estou falando do pinheiro-do-canadá (Abies balsamea).

Vários filmes internacionais mostram em locais bem frios, a procura do pinheiro que servirá de árvore de natal.

 Assim, sai a procura nas florestas de coníferas de um pinheiro que possa ser trazido em caminhonetes para, então, serem cortados do tamanho que caiba dentro de casa.

Você sabia?

Alguns vegetais, representados pela alface, agrião, brócolis, salsa e tomate, tem uma forma de cultivo, que não exige o solo. Esta técnica é chamada hidroponia. (hidro= água; ponos = trabalho).
Esta técnica consiste em manter esses vegetais imersos em soluções nutrientes contendo os minerais e os hormônios necessários ao seu crescimento.
Exige, também, controle rigoroso da intensidade da luz, temperatura, quantidade de água. Estes fatores possibilitam um crescimento mais rápido.
As plantas crescem em estufas protegidas contra pragas e de variações climáticas. Não há agrotóxicos e pode produzi-los em épocas em que a produção é baixa ou em locais áridos.
Só tem que ficar atento que esta técnica tem um custo maior que o cultivo tradicional.

Reino Vegetal - Parte III

As plantas vasculares superiores, as fanerógamas (grego: phanerós: aparente; gamos: gametas), apresentam raiz, caule e folhas. A conquista definitiva do meio terrestre advém da presença de ramos do caule com folhas especializadas com produção de esporos e o aparecimento de semente com um embrião resultante da fecundação interna. Representadas pelo Filo Gimnosperma e Filo Angiosperma.

Filo Gimnosperma: (grego: gimnos: nu; sperma: semente) cujo significado semente nua, ou seja, semente sem cobertura. Vivem, principalmente, em zonas temperadas (climas frios) com um número reduzido em climas tropicais. Dado importante, resume na metagênese que é pouco nítida, pois o esporófito é a parte verde do vegetal, complexo e duradouro, enquanto que o gametófito é muito reduzido e dependente do esporófito.
Há produção de flores e sementes, mas não produzem frutos.
Este filo é dividido em quatro divisões:
- Coniferophyta --> coníferas;
- Cycadophyta --> cicadáceas;
- Gnetophyta --> gênero Ephedra;
- Ginkgophyta --> esécie Gingko biloba.

A divisão mais representativa é a Coniferophyta ou coníferas, árvores cuja madeira tem sido utilizada na construção civil, na fabricação de móveis, na produção de papel, resinas e essências aromáticas. A representante típica do Brasil é a Araucaria angustifolia, popularmente chamada de pinheiro-do-paraná.

Ciclo vital:
A planta (esporófito) possui feixe de folhas longas em forma de agulha (aciculadas), destinadas à fotossíntese, e folhas reprodutoras, em cuja superfície se formam as sementes. O esporófito produz os estróbilos, inflorescências ou cones, que são sempre de sexos separados, isto é, as flores reúnem-se em inflorescências masculinas ou em inflorescências femininas (pinhas).
O estróbilo masculino  (inflorescência ou cone masculino) são inseridos na produção de micrósporos, que se transformam em grãos de pólen que, quando maduros, se abrem e libertam os grãos de pólen, transportados pelo vento (anemofilia) que acaba por fecundar o óvulo de outras plantas.
O estróbilo feminino (inflorescência ou cone feminino) estão inseridas as folhas carpelares (férteis, produtoras de óvulos). Este óvulo revestido por uma parede protetora, o integumento, deixa uma abertura chamada micrópila, onde penetram os grãos de pólen. Assim, ocorre a meiose com produção de megásporo que produz o gametófito feminino denominado megaprótalo. Esta estrutura produz arquegônios, rudimentares que transportam oosferas.

Fecundação:
Os grãos de pólen que penetraram a micrópila, germinam na câmara polínica. Desta germinação surge um tubo polínico (gametófito masculino) formando os gametas masculinos. Um destes gametas, funde-se com a oosfera, formando a célula-ovo (zigoto). Com o desenvolvimento do zigoto, forma-se o embrião (esporófito) no interior do óvulo. Este embrião apresenta raiz e caule primordiais e folhas modificadas (cotilédones). O megaprótalo com reservas acumuladas se transforma no endosperma primário com função de nutrir o embrião. Com a fecundação do óvulo surge a semente. Dado importante: independência da água do meio ambiente para a fecundação.

Filo Angiosperma:
As angiospermas (grego: angiós: coberta; sperma: semente) possuem flores típicas com folhas reprodutoras, carpelos, que se fecham e formam um vaso, no qual as sementes se desenvolvem. Após a fecundação, parte do carpelo se transforma em fruto, estrutura desses vegetais. Estão mais adaptadas aos ambientes terrestres, encontradas em vários lugares: locais úmidos até os desérticos. Apresentam-se como ervas, arbustos ou árvores. Algumas espécies de água doce e raríssimas do mar.
Grande maioria são autótrofas fotossintetizantes, mas algumas são parasitas (holoparasitas: grego: holós; total). Não possuem clorofila e não realizam fotossíntese, vivendo da seiva elaborada das plantas hospedeiras. Outras são epífitas, vivendo apoiadas sobre ramos de outros vegetais para obtenção de maior grau de luminosidade.
Quanto a reprodução, apresentam meiose intermediária ou espórica e alternância de gerações pouco nítida.
Dado importante: As angiospermas são as únicas plantas que formam frutos. Gametófitos dióicos, extremamente reduzidos e dependentes do esporófito. Não dependem de água do meio ambiente para a fecundação.

Ciclo vital:
O gametófito feminino é o saco embrionário (megaprótalo) contido no óvulo. Não há formação de arquegônio e possui uma única oosfera.
O gametófito masculino é o tubo polínico (microprótalo), no interior do qual se formam dois núcleos espermáticos (gaméticos), que representam os gametas masculinos.

Dupla fecundação:
- primeiro núcleo espermático do tubo polínico une-se a oosfera formando o zigoto. Este desenvolve-se surgindo o embrião.
- segundo núcleo espermático do tubo polínico une-se aos núcleos polares do saco embrionário formando o zigoto. Este desenvolve-se surgindo o endosperma secundários (albúmen).
O endosperma secundário é um tecido armazenador de reservas nutritivas que tem como função a formação do embrião, que, após desenvolvimento, surge a semente com tegumento ou casca ( formada pela testa e pelo tégumen), estruturas formadas da primina e secundina do óvulo.

Classificação:
As angiospermas apresenta uma divisão: Anthophyta subdivididas em:
- monocotyledoneae (Liliopsida) --> apresentam um cotilédone; ex: trigo, centeio, arroz, milho, etc.
- dicotyledoneae (Magnolopsida) --> apresentam dois cotilédones; ex: feijão, ervilha, soja, amendoim, etc.

Aqui fecha o estudo sobre o reino vegetal.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Teste de conhecimentos.

1) (Fund. Carlos Chagas-SP-modificada) Nos musgos, uma divisão meiótica originará?

    a) anterozóides.
    b) óvulos.
    c) esporos.
    d) oosferas.

2) (UNIP-SP-modificada) Analise as frases abaixo, relativas às briófitas:

     I - São dependentes de água para a fecundação.
    II - Apresentam meiose espórica e sua metagênese apresenta gametófito e esporófito igualmente desenvolvidos.
  III - São plantas avasculares, com porte reduzido e terrestres de ambientes úmidos.

Estão corretas:

    a) apenas I e II.          b) apenas I e III.        c) apenas II e III.       d) todas.

3) (FEI-SP-modificada) Briófitas e pteridófitas são classificadas no mesmo grupo taxonômico das criptógamas, porque essas plantas:

    a) independem do fato água para a união dos gametas.
    b) não formam flores e produzem arquegônios e anterídios microscópicos.
    c) formam raízes, caules e folhas.
    d) são avasculares.

4) (UF-PA-modificada) Abaixo estão relacionadas algumas estruturas observadas quando estudamos os ciclos reprodutivos de pteridófitas.

    (   ) Folha
    (   ) Prótalo
    (   ) Anterídio
    (   ) Arquegônio
    (   ) Raiz
    (   ) Esporo

Colocando-se nos parênteses o número 1, quando se tratar de parte do esporófito, e 2, quando se tratar de componente do gametófito, teremos, de cima para baixo, a seguinte seqüência:

    a) 1, 1, 2, 2, 1, 2            b) 1, 2, 2, 2, 1, 1          c) 1, 2, 2, 2, 1, 2          d) 2, 1, 1, 1, 2, 1



GABARITO: 1-c; 2-b; 3-c; 4-c

Fatos históricos.


Existe um grupo de pteridófitas chamadas psilófitas que é descendente direto das primeiras plantas com vasos condutores de seiva com surgimento aproximadamente cerca de 400 milhões de anos.
Também a um outro grupo, as esfenófitas, formada por plantas que foram dominantes no período Carbonífero (entre 360 milhões de anos e 286 milhões de anos atrás).
Formam florestas de dimensões imensas atingindo 30 metros de altura.
Hoje, utilizamos seus fósseis como combustível, o carvão.
Ainda há um representante vivo, pertence ao gênero Equisetum (cavalinha ou tabo-de-cavalo) com, aproximadamente, 1 metro de altura.

Você sabia?

Semelhanças entre briófitas e pteridófitas:
- meiose intermediária ou espórica, com metagênese nítida (esporófito e gametófito macroscópicos);
- órgãos reprodutores formados por arquegônios e anterídios;
- não produzem flores, frutos ou sementes;
- dependem da água do meio ambiente para a fecundação;
- apresentam o mesmo hábitat, sendo principalmente terrestres, de ambientes úmidos e sombreados.

Reino Vegetal - Parte II

É provável que as primeiras plantas terrestres tenham surgido das algas verdes. Assim sendo, surgiu as criptógamas (grego: cryptós: escondido; gamas: sementes) não produzem com eficiência gametas. Estou referindo ao filo Briófita (musgos) e Pteridófita (samambaias), pois as mesmas não produzem flores, sementes e nem frutos.

Filo Briófita.
São plantas anfíbias, porque apresentam ciclo vital em locais terrestres úmidos. Absorvem água pelas folhas, caules e rizóides e crescem principalmente em ambientes úmidos e sombreados. Apresentam em ambientes de água doce e nenhuma ocorre no mar. Representantes: musgos, hepáticas e antóceros.
Característica marcante é a ausência de tecidos vasculares (avasculares) e o transporte de nutrientes e água se faz lentamente, de célula para célula pela difusão. Por este fato, o crescimento desses vegetais são limitados a ficarem próximos ao solo, não ultrapassando 20 centímetros de altura.
Reproduzem-se por alternância de gerações (metagênese), onde o gametófito (parte verde) duradoura, e o esporófito transitória e dependente do gametófito feminino. Freqüentemente, os gametófitos são dióicos (unissexuados) e, produzem os órgãos reprodutores (gametângios), onde são formados os gametas.
O gametângio feminino (arquegônio) produz o gameta feminino (oosfera). O gametângio masculino (anterídio) forma os gametas masculinos (anterozóides) biflagelados.
Há necessidade para completar o ciclo reprodutivo, a presença de água da chuva. O fenômeno de encontro dos gametas chama-se quimiotactismo, pois os anterozóides como movimento flagelar são atraídos para o interior do arquegônio por reações químicas produzidas pelo órgão feminino. Desta união forma-se o zigoto.
Através da meiose ocorrida no esporófito, formam-se os esporos morfologicamente iguais (isosporadas).
Nos musgos, a germinação dos esporos leva a formação de filamentos verdes, ramificados, denominados protonemas. Cada protonema é capaz de produzir muitos gametófitos.
Muitas briófitas apresentam reprodução assexuada à custa de gemas ou propágulos, pequenos pedaços da planta que se soltam, são levados pela água e originam novas plantas.

Filo Pteridófita.
Em geral, são plantas terrestres de ambientes úmidos, havendo algumas espécies de água doce. Não ocorrem no mar. Representantes: samambaias, avencas, licopódios, selaginelas e cavalinhas.
Característica marcante é a presença de vasos condutores (vasculares) ou traqueófitas.
Reproduzem-se por metagênese. O esporófito (parte ornamental) duradoura, geralmente com raízes, caules e folhas. O gametófito (prótalo) verde, transitório e de tamanho reduzido. Apresenta, em algumas espécies o hermafroditismo (monóico) ou unissexuado (dióico). Os anterídios, órgãos reprodutores masculinos, encontra-se os anterozóides (pluriflagelados). Os atquegônios, órgãos femininos, formam as oosferas. o fenômeno de encontro dos gametas é o quimiotactismo. As pteridófitas são subdivididas em dois grupos:
- Isosporadas ou homosporadas --> esporos morfologicamente idênticos. Produzem prótalos hermafroditas. Exemplares: samambaias e avencas. Esporos alojam-se nos esporângios, embaixo das folhas, em pontos marrons ou pretos, formando os soros (podem ser protegidos por indúsios --> expansões dos folíolos).
- Heterosporadas --> produzem dois tipos de esporos: micrósporos (pequenos) e os macrósporos (ou megásporos) grandes. Micrósporos produzem os gametófitos masculinos ou microprótalos (anterozóides). Os macrósporos produzem os gametófitos femininos ou macroprótalos (megaprótalos) formando arquegônio e oosfera. Exemplares: selaginelas e algumas variedades de samambaias.
Deve-se atentar que há uma classificação por divisões neste filo:
- Pterophyta - filicíneas ou pterófitas, como as samambaias e as avencas, que vivem em ambiente úmido. Há também epífitas, que vivem sobre o tronco de árvores e arbustos, e outras aquáticas, como a Marsilea e a Salvinia.
- Lycophyta - licófitas ou licopodíneas, atualmente representadas pela Selaginella e pelo Lycopodium.

Apresentado mais uma parte do reino vegetal.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Teste de conhecimentos.

1) São exclusivamente marinhos:

    a) celenterados.
    b) artrópodes.
    c) moluscos.
    d) equinodermos.

2) (PUC-SP-modificada) Assinale a alternativa em que aparecem animais vertebrados.

    a) artrópodes.
    b) equinodermos.
    c) cordados.
    d) anelídeos.

3) A conquista do ambiente terrestre só foi possível a partir do surgimento de uma série de adaptações que permitiriam a vida em ambientes secos. São adaptações importantes para a vida fora do ambiente aquático:

    1. simetria bilateral.
    2. respiração traqueal.
    3. fecundação interna.
    4. aparato bucal filtrante.
    5. ovo de casca dura.

Escolha entre as alternativas a, b, c e d.

a) 1,3 e 4.             b) 1,2 e 4.           c) 2,4 e 5.            d) 2,3 e 5.

4) O desenvolvimento de uma vida parasitária foi possível a partir de uma série de especializações surgidas ao longo da evolução, que acabou por levar ao desaparecimento de alguns órgãos e sistemas. Assim, uma espécie parasita altamente adaptada à vida no tubo digestivo de outro animal pode não possuir:

    a) o sistema nervoso.
    b) o sistema digestório.
    c) o sistema reprodutor.
    d) o sistema excretor.


GABARITO: 1-d; 2-c; 3- d; 4-b.

Fatos históricos.


Até ao século XIX, as sanguessugas eram utilizadas na medicina tradicional chinesa, na medicina oriental e mesmo na medicina ocidental (nas sangrias). 
Hoje em dia ainda há necessidade de utilizar anticoagulantes na medicina convencional, ainda que sejam artificiais. 
Recentemente, as sanguessugas voltaram a ser utilizadas em medicina em casos de grandes dificuldades circulatórias em membros, visto que a sua ação sugadora força o sangue a circular, ajudando a manter vivas as células.
Porém, são usadas somente na medicina alternativa, já que essas técnicas exóticas não são aceitas na medicina tradicional. A eficácia destes tratamentos e outras propriedades das sanguessugas na medicina ainda são bastante pesquisadas, mas, por enquanto, não são utilizadas na medicina tradicional.
Antigamente elas eram usadas para curar as pessoas e tambem tirar o veneno do sangue das pessoas.

Você sabia?

Alguns animais que não vivem livremente no ambiente, vivem em prol do outro ser vivo, seja ele animal ou vegetal. Estou falando dos animais parasitas que vivem sugando, de nosso sangue, os principais nutrientes para sua sobrevivência.

Um fato importante é que os animais parasitas não levam o ser parasitado, ou hospedeiro, à morte, porque ele depende do mesmo. O que leva à morte o hospedeiro é a falta nutricional que acaba levando-o ao estado de inanição.

Estes parasitas podem viver dentro ou fora do hospedeiro, assim sofre a classificação de endoparasitas ou ectoparasitas, respectivamente. Alguns são parasitas solitários, pois são hermafroditas, como a Taenia solium  ou Taenia saginata. Outros são dióicos, com macho e fêmea diferenciado como o Schistosoma mansoni.

A tênia, parasita intestinal do porco, além de ser causadora da teníase - caso de infecção pela ingestão de cistercos -, também provoca a cisticercose, grave doença causada por ingestão dos ovos da tênia.

Mundo visível - parte II

Na primeira parte, o mundo tornou-se visível com a presença dos fungos. Agora, dando continuidade a este mundo, falarei do mundo mais visível existente, ou seja, o mundo dos animais, Reino Animalia.
Relembremos que as características mais importantes para reconhecer este reino são:
-Seres bióticos eucariontes (presença de núcleo nas células);
-Pluricelulares (seres compostos por várias células);
-Heterotróficos ( seres buscam seu alimento em outro ser vivo).

Seus representantes se locomovem e são possuidores de órgãos dos sentidos e sistema nervoso (estes órgãos têm como função dar coordenação e localização de presas para seu alimento).
Reproduzem normalmente pela forma sexuada com produção de gametas (células sexuais).
A reprodução é caracterizada por seres que apresentam órgãos especializados chamados gônadas, sendo testículos a gônada masculina (produz espermatozóides) e o ovário a gônada feminina (produz óvulos).
Os animais que possuem as gônadas masculina e feminina no mesmo organismo são denominado monóicos ou hermafrodita. Exemplo: minhoca.
Os animais que possuem as gônadas em organismos diferentes são denominados dióicos ou unissexuado.
Podemos diferenciar os machos das fêmeas pelo dimorfismo sexual, diferenças não só sexuais, mas estruturais.
Essas diferenças estruturais são denominadas caracteres sexuais secundários como: tamanho, coloração, órgãos especiais, etc.

Outra característica marcante é o fato de alguns animais, após os primeiros estágios de desenvolvimento, o embrião aparenta-se em sua forma com o indivíduo adulto. A isto é denominado desenvolvimento direto.
Porém, outros animais, ao atingirem a fase adulta, passam por uma série de transições, assim, o denominamos de desenvolvimento indireto ou metamorfósico. Ex: borboleta.

Com relação ao aspecto corporal, há um plano de organização baseado na simetria do animal. Assim, os animas se enquadram em duas categorias: os radiados e os bilaterais.
Os radiados apresentam simetria radial, ou seja, seu corpo apresenta vários pólos, como uma estrela. Ex: anêmonas-do-mar e nas estrelas-do-mar.
Os bilaterais apresentam simetria bilateral na maioria dos animais. Consiste num plano mediano que divide o corpo do animal em duas metades iguais e opostas. Fato importante é que com a simetria bilateral, evoluiu-se para a cefalização, concentração do sistema nervoso e órgãos dos sentidos em uma extremidade do corpo denominado cabeça.

Os animais podem ser, também, agrupados em conformidade ao desenvolvimento embrionário:
- sem folhetos embrionários --> poríferos.
- diblásticos (endoderma e ectoderma) --> cnidários.
- triblásticos (endoderma, ectoderma e mesoderma) --> acelomados (sem cavidade) --> platelmintos
                                                                               --> pseudocelomados (falsa cavidade) --> nematódeos
                                                                               --> celomados (com cavidade) --> anelídeos
                                                                                                                               --> moluscos
                                                                                                                               --> artrópodes
                                                                                                                               --> equinodermas
                                                                                                                               --> cordados

Classificação dos animais: Grupo vertebrata e grupo invertebrata. (presença ou ausência de coluna vertebral).
- Filo Porifera ou espongiários: animais simples, aquáticos, principalmente marinhos. Vivem fixos no substrato (fundo de mares, rios, lagos, etc.) e apresentam, no corpo, numerosos poros.
- Filo Cnidaria ou celenterados: animais aquáticos, simetria bilateral, apresenta tentáculos e células urticantes. Ex: hidra, água-viva, anêmona e corais.
- Filo Platyhelminthes ou platelmintos: vermes com corpo achatado, simetria bilateral e cefalização. Vivem livremente e outras parasitas. Ex: planária, fascíola e tênias.
- Filo Nematohelminthes ou nematódeos: vermes com corpo cilíndrico e alongado, simetria bilateral, com formas de vida livre ou parasitas de animais e plantas. Ex: lombrigas, ancilóstoma e filária.
- Filo Annelida ou anelídeos: vermes aquáticos e terrestres, corpo segmentado ou anelado. Ex: minhoca e sanguessuga.
- Filo Arthropoda ou artrópodes: animais de corpo segmentado, revestido por carapaça quitinosa, apêndices  (patas, antenas) articulados, terrestres e aquáticos, vida livre ou parasita. Maior filo do reino Animal. Ex: insetos e aracnídeos.
- Filo Mollusca ou moluscos: animais de corpo mole e segmentado (cabeça, pé e massa visceral) e, geralmente, revestido por uma concha calcária. Aquáticos, principalmente. Ex: lesmas, caracóis, caramujos, lulas, polvos e mexilhões.
- Filo Echinodermata ou equinodermos: animais exclusivamente marinhos, simetria radial, corpo revestido por placas calcárias, esqueleto rígido ou flexível, presença de espinhos. Ex: ouriço-do-mar, estrela-do-mar e lírio-do-mar.
- Filo Chordata ou cordados: animais que apresentam, em algum estágio vital, a notocorda, eixo esquelético que suporta o corpo. Ex: tunicados, anfioxo e vertebrados.

Chegamos ao final desta primeira parte referente aos animais.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Teste de conhecimentos.

1) (UFPA-modificada) O ágar, material gelatinoso usado em laboratórios de pesquisa como meio de cultura para germes, é obtido de algas:

    a) verdes.
    b) vermelhas.
    c) pardas.
    d) douradas.

2) (UFJF-MG-modificada) As maiores algas em extensão corporal se classificam em:

    a) clorófitas.
    b) crisófitas.
    c) feófitas.
    d) pirrófitas.

3) Marque a afirmação correta: As algas verdes:

    a) têm raiz, caule e folhas.
    b) têm vasos condutores.
    c) apresentam uma fase esporofítica, que produz esporos flagelados.
    d) apresentam uma fase gametofítica que vive sobre o solo.

4) As algas verdes são as prováveis ancestrais das plantas terrestres, porque:

    a) contêm os mesmos pigmentos.
    b) têm o mesmo tipo de parede celular.
    c) produzem as mesmas substâncias de reserva.
    d) também são dotadas de vasos condutores.


GABARITO: 1-b; 2-c; 3-d; 4-b.

Fatos históricos.

No momento das grandes navegações em busca de novas terras, os veleiros navegavam pelos setes mares e, um fato marcante, ocorreu durante a descoberta da América.
Quando em alto-mar, um navegante, encima do mastro principal da nau, disse em voz alta:
- terra à vista!
Cristovão Colombo se pôs a observar na imensidão dos mares e não acreditou que havia terra firme naquele local, pois em sua carta náutica, só havia mar.
Quando próximo do que se presumia terra firme, a nau esbarrou em uma grande mancha pardacenta, cor de terra, assemelhando-se a uma pequena ilha. Estava  próxima às ilhas de Açores e das Bahamas. A terra firme dita pelo navegante, nada mais era que as grandes algas marinhas Sargassum, que a partir desse momento, a região por onde a nau passou ficou conhecida como "mar de sargaço".

Você sabia?

As algas unicelulares são a base da alimentação dos animais que filtram a água, enquanto as algas pluricelulares servem de alimento a animais que absorvem água.
Mas não é só nos mares que as algas são importantes. No século XIX, as algas pardas recolhidas nas costas da Bretanha eram queimadas e de suas cinzas eram extraídos sais de bromo e iodo, usados na medicina, e soda, para a produção de vidro. Também, são extraídas das algas: o ágar, a algina e a carragenina, polissacarídeos usados na produção de gelatinas, que encontram na indústria têxtil e de papel, na preparação de geléias, sorvetes, pastas de dente.
Por curiosidade, já percebeu a consistência da bala de goma, pois é, isto também é fruto das algas marinhas.

Reino Vegetal - Parte I

Este reino denominado Reino Plantae (latim: planta) é, também conhecido por Vegetal ou Metáfita.
As características que envolvem os seres bióticos a este reino são:
-células com cloroplastos (contêm clorofila) para fazer a fotossíntese;
- células revestidas por uma membrana contendo um açúcar polissacarídico (celulose), também denominada de membrana celulósica ou, simplesmente, parede celular;
- células que armazenam um açúcar polissacarídico (amido) como fonte de reserva energética;
- seres que apresentam ausência de locomoção, mas não de movimentos (responsáveis pela melhor captação da luz solar).

A classificação deste reino, pode ser dividido em três grupos:
-vegetais inferiores --> as algas;
- vegetais intermediários --> criptógamas;
- vegetais superiores --> fanerógamas ou espermatófitas.

Uma outra forma de classificação, utiliza como critério,  a presença ou ausência de vasos condutores de seivas.
Estes vasos são conhecidos como lenho ou xilema ( transporte da seiva bruta --> água e sais minerais); líber ou floema ( transporte da seiva elaborada --> água e açúcar).
Assim, classificamos estes vegetais como:
-vasculares ou traqueófitos --> apresentam os vasos condutores de seiva bruta e elaborada;
- avasculares ou atraqueófitos --> não apresentam os vasos condutores de seiva bruta e elaborada.

O reino Plantae compreende seres bióticos que evoluíram da água para a terra firme.

-Vegetais inferiores: Algas.
 As algas unicelulares são os organismos mais simples que vivem na água. Estes seres apresentam um corpo primitivo, chamado Talo, que não chega a formar raízes para fixação, nem caule e nem folhas verdadeiras, ou seja, apresentam estruturas que assemelham as estruturas presentes nas plantas. Sendo assim, estas estruturas são nomenclaturadas em rizóides, caulóides e filóides. Como as algas não apresentam tecidos vasculares, estas são denominadas avasculares.
Estas algas apresentam clorofilas e outros pigmentos que auxiliam na fotossíntese. Se reproduzem tanto sexuada como assexuadamente. Vivem em hábitat marinho, mas apresentam pequenos grupos em água doce e em ambientes terrestres, porém, úmidos.
Estas algas são classificadas em grupos:
- clorofíceas --> algas verdes (grego: clorós: verde);
- feofíceas --> algas pardas (grego: feós: pardo);
- rodofíceas --> algas vermelhas (grego: rodós: vermelho).

Cloróficeas: variadas, encontradas na superfície, temos a Spirogyra, formando chumaços verdes em águas estagnadas. A alface-do-mar ou ulva, alga maior, freqüentemente, abandonada em praias, quando a maré está baixa. Além do pigmento de clorofila, possui a xantofila (grego: xantós: amarelo). Reservam amido, como nas plantas ( quando concentrados em grãos protéicos são denominados pirenóides).
Há formas unicelulares móveis (flagelos); imóveis, coloniais ou de vida livre. Espécies pluricelulares de vários tamanhos e formas. Freqüentemente há exemplares em água doce e no mar, mas, algumas em solo úmido, em troncos, em rochas úmidas, na neve, no gelo e até vivendo em outros seres vivos ou associados aos fungos (líquens). Reproduzem-se por bipartição (formas unicelulares) ou por esporulação, formas assexuadas. Reprodução por conjugação (troca de material genético) ou por singamia (união de gametas), formas sexuadas.

Feofíceas: algas maiores em tamanho, quase todas marinhas; já macroscópicas e pluricelulares, possuindo dois tipos de clorofilas, a e c com associação a carotenóides (fucoxantina). Possuem parede celulósica com algina (dando consistência). Possui um açúcar de reserva polissacarídico (laminarina), além de gotas de óleo. Possuem estruturas que assemelham mais as plantas. Sã, em geral, de grande porte como Sargassum (Mar de Sargaços). As algas marinhas são as kelps como a Macrocystis (sequóia dos mares) com até 100 metros de comprimento.
Vivem sobre rochas submersas, em superfície, no mar aberto, em água frias e salgadas.

Rodofíceas: Quase todas pluricelulares, marinhas e variam muito de tamanho, desde microscópicas até formas com 3 metros de comprimento. Possuem parede celulósica e carragenina (polissacarídeo). Preferem as águas quentes e profundas dos mares tropicais. Armazenam um glicídio assemelhado ao glicogênio - amido das florídeas.

Reprodução: Em algas pluricelulares, alface-do-mar, os gametas masculinos e os femininos são iguais (oogamia) e possuem flagelos. Em algas evoluídas, Laminaria, os gametas são diferentes (anisogamia). A oosfera, sem flagelo, é maior, devido ao armazenamento de substâncias de reserva. Os gametas masculinos ou anterozóides, flagelados, se locomovem até o talo, onde se concentram as oosferas para ocorrer a fecundação. O zigoto formado, depois de passar por várias divisões celulares, originam uma nova alga. Quando o ambiente é adverso, a reprodução torna-se assexuada e forma esporos (resistentes). O indivíduo que se desenvolve do esporo (gametófito), enquanto o zigoto é o esporófito.

Assim, termino a primeira parte do reino vegetal.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Teste de conhecimentos.

1) (UFES-modificada) Desmanchando uma porção de fermento Fleishmann (fermento de pão) em um pouco de água e levando a gota dessa preparação, entre lâmina e lamínula, ao microscópio, certamente encontraremos:

    a) um tipo de fungo unicelular.
    b) um tipo de fungo filamentoso.
    c) um tipo de alga unicelular mutante, incapaz de sintetizar pigmentos.
    d) colônias de bactérias esféricas.

2) (Unb-DF-modificada) Todos os itens indicam alguma importância ligada à atividade de fungos, exceto:

    a) podem causar doenças chamadas micoses.
    b) desempenham papel fermentativo.
    c) alguns produzem antibióticos.
    d) produção autotrófica de substâncias orgânicas, para consumo de outros seres.

3) (UFMG-modificada) "Conta a Bíblia que Noé, certa vez, ao tomar o suco de uva proveniente de suas videiras, notou que o mesmo estava com o gosto alterado. Bebeu-o assim mesmo e se embriagou." O fenômeno se deveu ao fato de o açúcar ter se transformado em álcool etílico, graças a reações provocadas pela presença de leveduras, as quais são:

    a) bactérias.
    b) fungos.
    c) protozoários.
    d) algas.

4) (UFPA-modificada) Os organismos do grupo dos fungos, de acordo com o tipo de nutrição que apresentam, podem ser classificados como:

    a) autótrofos.
    b) parasitas ou saprófitos.
    c) autótrofos ou parasitas.
    d) parasitas.


GABARITO: 1-b;2-d;3-b;4-b.

Fatos históricos.

No ano de 1929, em um laboratório da escócia, um cientista Alexander Fleming (1881-1955), estava pesquisando bactérias patogênicas em uma placa de vidro, quando ocorreu um fenômeno que despertou estranheza ao pesquisador.
Por acaso, uma das placas de vidro foi contaminada por fungos e, ao seu redor, havia uma região clara, na qual nenhum bactéria crescia.
Constatou, após algum tempo, que o fungo estaria produzindo algum tipo de substância que impedia o crescimento bacteriano. Nasce, assim, a penicilina, substância produzida pelo fungo Penicilium notatum.
Assim, surgiu a primeira substância antibiótica.

Você sabia?

Em adversidade ambiental, os fungos desenvolvem-se bem no calor e na umidade. Assim, é importante, após o banho, enxugarmos bem, principalmente entre os dedos dos pés e na virilha.
Outro forma de manifestação fúngica comum é o uso exagerado de calçados, como por exemplo, os tênis. Porque o local é propício à reprodução do fungo (Tinea pedis) que causa a frieira ou pé-de-atleta.
Ao frequentar clubes, tome o devido cuidado com a piscina. Faça um exame médico para diagnosticar possível infecção e, ao andar, utilize chinelo de borracha.
Ocorrendo coceiras, descamação, pequenas vesículas ou qualquer mudança na pele, nos pés, não deixe de procurar ajuda médica.

Mundo visível - parte I

O Reino que estudaremos hoje é denominado Fungi, pertencente ao ramo da biologia chamado Micolologia (grego: mycos: fungo).
Os representantes desse reino apresentam como característica serem eucariontes, sendo que a maioria é composto por um emaranhado de filamentos, as hifas (menor estrutura fúngica), cujo conjunto se chama micélio. Apresenta-se, também, na forma unicelular e tem como representante o levedo.
Nenhum fungo possui clorofila ou qualquer tipo de pigmento para fotossíntese, portanto, todos são heterótrofos. Encontram-se como saprófitos ou sapróbios (grego: sapros: restos) e, também, parasitas.
Os fungos saprófitos se alimentam de matéria orgânica morta (decomposição) que, em conjunto com as bactérias, reciclam a matéria orgânica morta em matéria inorgânica.
Já os fungos parasitas provocam anomalias em animais e vegetais, inclusive o homem.
Estruturalmente, os fungos são revestidos por quitina (polissacarídeo nitrogenado) como os encontrados em artrópodes na formação do exoesqueleto. Os corpos frutíferos ou de frutificação, corresponde a parte visível do fungo e é chamado de cogumelo. Tem reserva nutritiva o glicogênio (polissacarídeo).
Sua reprodução é assexuada e sexuada. Podem formas esporos (assexuada), por brotamento (assexuada unicelular), por fragmentação do micélio (assexuada) ou fusão de hifas (sexuada) designadas como hifa positiva e hifa negativa.
Vivem em ambientes terrestres úmidos e sombreados e em ambientes aquáticos.
A classificação dos fungos se restringe a um filo, o Micota, constituído pelos eumicetos (grego: eu; verdadeiro). A reprodução dos fungos serve de critério para dividi-los em várias classes:
- Oomicetos;
- Ficomicetos;
- Ascomicetos;
- Basidiomicetos;
- Deuteromicetos (fungos imperfeitos).

Classe Oomicetos: (grego: óion: ovo; mycos: fungo) são aquáticos e produzem gametas masculinos (anterozóides) e gametas femininos (oosferas). São produzidos esporos móveis e flagelados (zoósporos). Maioria heterótrofos saprófitas (decompositores). Alguns são parasitas nos vegetais.

Classe Ficomicetos: (grego: ficos: pó) são terrestres, saprófitos e alguns parasitas (insetos e animais). Representante é o fungo negro do pão (Rhyzopus stolonifer).

Classe Ascomicetos: fungos numerosos, unicelulares e pluricelulares (hifas septadas e unicarióticas - hifas separadas com um núcleo). Reprodução por esporos (ascósporos) que são produzidos no interior de ascos (sacos). Representante famoso é o responsável pela fermentação alcoólica etílica (pães, bolos e bebidas) como os Saccharomyces cerevisae. Outros parasitam plantas, como o Claviceps purpurea que provoca a doença esporão do centeio, produzindo a toxina ergotamina (fonte responsável pela droga LSD - dietilamida de ácido lisérgico). Outro famoso é o Penicilium notatum, produtor da penicilina e de queijos (roquefort e camembert).

Classe Basidiomicetos: os fungos conhecidos por cogumelos-de-chapéu e orelhas-de-pau. São pluricelulares constituídos por hifas dicarióticas (hifas com dois núcleos). Corpo de frutificação na forma de chapéu (píleo), onde debaixo encontram-se lamelas radiais formando os basídios onde são produzidos os basidiósporos. Representante comum é o champignon (coméstivel), outro venenoso (Amanita muscaria).  Atacam os vegetais, como o café, causando a ferrugem.

Classe Deuteromicetos: não apresentam reprodução sexuada. São parasitas humanos chamados micoses. Temos algumas anomalias humanas como: sapinho, monilíase ou candidíase (Candida albicans); frieira ou pé-de-atleta (Tinea pedis).

Não podemos esquecer que os fungos se associam a outros seres bióticos. O primeiro caso, acima citado, são com as bactérias no ciclo do nitrogênio (ciclo biogeoquímico). Mas, quando associam-se com as algas verdes (cloróficeas) ou com uma cianobactéria, formam os líquens. Esta relação harmônica recebe o nome de mutualismo, onde os fungos são importantes para absorção de água e sais minerais, enquanto as algas ou cianobactérias fornecem alimento ao fungo pela fotossíntese. Sua reprodução é assexuada por meio de sorédios (pequenos fragmentos). São excelentes bioindicadores de poluição da natureza, pois seu desaparecimento indica ar poluído.
Quando associam-se com as plantas formam as micorrizas e, o mutualismo, é correspondente ao dos líquens.

Pronto, adentramos ao mundo visível com os fungos, espero tê-los orientado bem neste estudo.