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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Mundo invisível - parte I

Bem, o mundo invisível a que me refiro, pertence aos microrganismos denominadas bactérias, cianobactérias e os micoplasmas. Seu nome deriva do grego (bakterion: bastão) ao qual já forma chamadas antigamente de Shizomycetes.
Encontramos estes seres vivos (bióticos) por todos os ambientes. São denominados microrganismos procarontes ( grego: pro: anterior, antes; Karyon: noz, amêndoa, núcleo) ou seja, desprovidos de envoltório nuclear e organelas membranosas.
Na verdade, são organismos constituídos por uma única célula, sendo assim, a célula o próprio ser vivo. Podemos falar célula bacteriana ou, simplesmente, bactéria.
Estes seres podem viver sozinhos ou em conjunto formando colônias. São geralmente microscópicas ou até submicroscópicas, sendo somente visíveis através de microscopia eletrônica utilizando a medida micrômetros (10 elevado a nona potência).
Estes microrganismos pertencem ao Reino dos Moneras, segundo o sistema taxionômico de Robert Whittaker e, são divididas em dois grupos: as arqueobactérias (grego: archaios: antigo) adaptadas a viverem em locais inóspitos e as eubactérias (grego: eu: verdadeiro) compreendendo bactérias mais comuns juntamente com as cianobactérias (antigamente, algas azuis).
Hoje, as arqueobactérias conhecidas são as metanobactérias (fundo de lodo e pântanos sem oxigênio). Também podem ser encontradas em rúmen dos bovinos e o intestino de outros animais, locais pobre em oxigênio. Em locais salinos temos as halobactérias (grego: halo: sal); em locais de extremas condições de temperatura, pH temos as extremófilas (grego: filos: afinidade) e em locais muito quentes as termófilas ( grego: termo: calor).
As eubactérias compreendem as bactérias comuns, predominantemente heterótrofas (grego: heteros: diferente; trofos: alimento) buscam sua alimentação em outros seres vivos pela incapacidade de produzir seu próprio alimento. Já as cianobactérias (algas azuis ou cianofíceas) são autótrofas (grego: auto: próprio; trofos: alimento) capacitadas em produzir seu próprio alimento (fotossíntese ou quimiossíntese) produzindo moléculas de glicose.
As bactérias se apresentam na natureza de várias formas como: cocos (esféricas); bacilos (bastonete); vibrião (bastão curvo com um vírgula); espirilos (forma de hélice) quando rígidas ou espiroqueta (forma de hélice) quando fléxivel. Estas formas podem se apresentar, também, em colônias.
As cianobactérias se apresentam em colônias esféricas e possuem clorofila e outros pigmentos em membranas dentro do citoplasma. Além dessas estruturas, têm parede celular.
As bactérias sobrevivem por apresentar reprodução muito rápida denominada divisão binária (assexuada) transmitindo características idênticas, ou quando o ambiente não é propício a esporulação (esporos) protegida por uma cápsula. Ocorre também a conjugação (sexuada) para que ocorra a transferência de material genético entre elas.
Em contrapartida, as cianobactérias se reproduzem por bipartição (assexuada) ou por esporulação (esporos).
As bactérias apresentam várias funções no meio ambiente sendo responsáveis pela reciclagem da matéria (junto com os fungos) pela decomposição; fixação do nitrogênio no solo formando nitratos absorvidos pelos vegetais; fermentação produzindo o vinagre (fermentação acética), a coalhada e o iogurte (fermentação láctica); antibióticos como bacitracina e tirotricina e parasitoses (doenças humanas causadas por toxinas) destacando a tuberculose, hanseníase, tifo exantêmico, tétano, meningite, gonorréia, sífilis, coqueluche, crupe, pneumonia, escarlatina, disenterias bacilares, difteria, tracoma, leptospirose, cólera, febre tifóide e botulismo.

Assim conhecemos um pouco do tudo sobre o Reino Monera, espero que tenha sido oportuno para vocês.

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